Memórias de Ana: Retorno

19:31

Imagem de girl, legs, and couple

Sabe aquele frio de semana passada? Hum, passou. Eu desejei nesse momento que ele ainda estivesse aqui. Felipe veio me visitar, foi a sensação mais confusa que já tive. O tempo está nublado novamente, e eu sei como ele ama o frio e sentia falta dele, eu contava com isso mas o tempo não ajudou. Ele está do meu lado agora, não... Na verdade parcialmente. Seu corpo paralisado não deixava dúvidas em como ele estava longe, seu sono era tão pesado quanto minhas pálpebras sobre meu olho, eu não posso dormir. Tenho que aproveitar mais esse momento, e relembrar de novo como foi ver ele chegar. [...]

Era uma quarta feira, eu fui ao café da rua ao lado como de costume, eu amo aquele lugar, não só por seu cappuccino que me trás uma sensação tão boa, mas sim, por aquelas cores que estampavam a parede, e é claro por aqueles discos anos 80 que soavam tão bem aos meus ouvidos e a principal razão era, o Felipe, aquele lugar contém cada aspecto de sua personalidade, e quando ele me mandava as cartas  era ali que eu as lia, de certa forma, era importante para mim.

Eu fui para casa lá por 11 horas da manhã, confesso que a árvore do parque me interessava mais do que aquela senhora caminhando lentamente a minha frente, quis pedir licença mas talvez ela se sentisse ofendida. Coloquei a chave na fechadura, mas assim que eu a toquei, a porta abriu. Estranho, será que fui roubada. Fiquei com receio de entrar, porém notei que se fosse um ladrão ele ao menos se daria o trabalho de levar minha televisão. Olhei discretamente para o lado, e assim que o vi eu fiquei sem reação, o que eu senti? literalmente, meu coração para fora da boca, aquela saudade desde que ele foi para longe parecia apertar um pouco mais, e quando seu perfume chegou ao meu alcance eu corri para seus braços. Era Felipe. Ficamos abraçados por uns quarenta, cinquenta segundos, senti seus braços me trazendo para perto, me senti segura, e ainda mais, eu me sentia em casa.

Felipe, estava com aquela camiseta social azul, e sua calça preta, tenho costume de reparar em cada detalhe dele, não acho que seja obsessão, e sim aquele "leve" amor. O que me encantou não foi sua barba feita, ou seu abraço aconchegante e sim a frase: "Ana, não sabe o quanto desejei te ter todos aqueles dias que estava longe, eu andei por estradas, e não houve paisagem, café, ou textos que me fizeram sentir como me fez ao ver seus olhos brilhando e seu batom vermelho". Ele tinha o dom de me fazer sentir assim, e eu era grata por cada momento que eu vivi com ele.

Conversamos por horas, e horas. Para ser sincera, da 8 horas da noite até eu notar que meu café tinha acabado. Ele me trouxe presentes, não rosas, ou chocolate como a maioria dos casais fazem, ele era diferente com uma personalidade única.Não me julgue louca por pensar que a sincronia que a gente tem não é desse mundo. Felipe me trouxe, um livro, uma caixa com fotografias tiradas com a sua Polaroid, e por fim um colar, tinha formato de um coração com duas fotos pequenas, seu rosto parecia muito melhor que o meu. Algumas horas depois, decidimos que era a hora de apagar as luzes e descansar, eu estava sem chão! como eu senti falta do seu corpo contra o meu, seu perfume, seu cafuné, e suas palavras, e pensei: "Que sorte foi essa que a vida me deu?", "O vida, como faço para te agradecer, mesmo que eu ache que não há palavras, por a gente se ter".

Sabe Felipe, me trouxe muita das sensações que pensei serem daqueles filmes clichês que passam na sessão da tarde, mas na verdade, é muito mais que isso, é algo que eu não poderia descrever, e no momento que chegou desejei que nunca mais fosse embora.

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1 comentários

  1. que bonito isso, essa sensação do tempo passando e da mistura de sentimentos. é bem assim que acontece, né? e felipe é um nome super bonito!


    beijos
    brilhodealuguel.com

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